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A oliveira

Publicado em
03 Janeiro 2020
Azeite Dentinho
Azeite Dentinho

Receitas com Azeite Dentinho

A oliveira é uma árvore de porte médio muito resistente e com raízes que podem atingir os seis metros, assegurando assim o precioso líquido que a faz viver: a água. Por isso, terrenos rochosos, planícies, encostas ou montes, todos são locais possíveis para se encontrar uma das cerca de 400 espécies conhecidas desta árvore.
A oliveira é uma árvore comum em toda a bacia mediterrânica, dado que requer um clima caracterizado por invernos amenos, primaveras ou outonos chuvosos, verões quentes e secos e, além disso, grande luminosidade.
A oliveira é uma árvore de porte médio muito resistente e com raízes que podem atingir os seis metros, assegurando assim o precioso líquido que a faz viver: a água. Por isso, terrenos rochosos, planícies, encostas ou montes, todos são locais possíveis para se encontrar uma das cerca de 400 espécies conhecidas desta árvore.
A oliveira é uma árvore comum em toda a bacia mediterrânica, dado que requer um clima caracterizado por invernos amenos, primaveras ou outonos chuvosos, verões quentes e secos e, além disso, grande luminosidade.
Com efeito, a extensão do cultivo da oliveira está limitada pelo frio, dado que dificilmente resiste a temperaturas inferiores a 12 ºC. Em compensação, suporta secas excepcionais e ventos fortes.
De crescimento lento, nas condições mais favoráveis dá frutos a partir do quinto ano, mas só se desenvolve completamente aos 20 anos. O seu período de maturidade e plena produção ocorre entre os 35 e os 150 anos. A partir daqui envelhece e o seu rendimento torna-se irregular, embora consiga viver muito tempo. Conhecem-se espécimes com 2000 anos.
A oliveira exige cuidados especiais para que se mantenha produtiva: deve ser protegida de várias pragas e doenças; tem de ser limpa e podada de 2 em 2 anos, para que a copa não fique demasiado compacta e, assim, favorecer a entrada da luz do sol; a fertilização química e orgânica e, sempre que possível, a rega são outros cuidados que beneficiam a oliveira.
Em Portugal, a variedade “Galega” representa cerca de 80% do olival e caracteriza-se por uma grande tendência para a alternância de produção e grande facilidade de multiplicação através da madeira de poda. Os seus frutos, de tamanho médio a pequeno, são muito resistentes ao desprendimento por vibração e apresentam um fraco teor em gordura (16-18%), mas dão origem a azeites finos de alta qualidade e com grande estabilidade.
Outras variedades importantes em Portugal: Cobrançosa, Madural, Cordovil, Bical, Carrasquenha, Azeiteira, Conserva de Elvas, Redondil, Verdeal, Negrinha.
Trás-os-Montes e Alto Douro
O contraste entre a montanha árida, onde os rios correm apressados, e os vales férteis na proximidade das águas que agora correm serenas, é a principal característica da região de Trás-os-Montes.
As diferenças bruscas de altitude dividem-na em duas zonas distintas: a Terra Fria e a Terra Quente. Nesta, até um máximo de 700 metros, expande-se a oliveira, que, embora chegada muito antes a Trás-os-Montes, só no século XVI começou a ter importância económica, como o confirma João de Barros na sua “Geographia d’Entre Douro e Minho e Trás os Montes”: “e muito pouco há que ali (Mirandela e Freixo de Espada à Cinta) se plantaram as primeiras oliveiras, e agora há muito azeite na terra”.
Desde então, a mancha olivícola de Trás-os-Montes tem crescido, fundamentalmente porque o azeite é o mealheiro da economia rural assente no minifúndio, a principal característica do olival transmontano, que faz com que a colheita seja feita, predominantemente, por famílias de olivicultores que se entreajudam nas operações da apanha.
No entanto, hoje em dia, os olivais novos, resultado de novas tecnologias, mecanizados e, muitas das vezes, irrigados, contrastam com a disposição fundiária e com os métodos tradicionais.
A produção de azeite, concentrada principalmente nos concelhos de Mirandela, Vila Flor, Macedo de Cavaleiros, Alfândega da Fé e limítrofes, ocupa uma área de 61.750 hectares (20% do olival nacional) a que corresponde uma produção de cerca de 11,5 milhões de litros de azeite (31,6% da produção nacional).
Ribatejo
Se o aparecimento da oliveira no País é anterior à ocupação romana, não há dúvida de que a forma de a tratar e aproveitar o seu fruto encontraram nos romanos peritos consumados, os quais trouxeram para as províncias ocidentais, nomeadamente o Ribatejo, os métodos usados em Itália.
O rifão popular “andar por Seca e Meca e Olivais de Santarém” quererá traduzir a extensão e a importância que, noutros tempos, o olival teve no Ribatejo.
O foral concedido a Santarém, em 1176, e o mapa da produção e consumo do azeite dos séculos XII e XIII indicam Santarém como um dos maiores centros produtores de Portugal.
Mais recentemente, no século passado, a olivicultura ribatejana tornou-se notória porque o grande escritor e historiador Alexandre Herculano a ela se dedicou, introduzindo algumas inovações, designadamente no fabrico do azeite, tendo por esta actividade tão grande paixão que o apelidaram de “Azeiteiro”.
A mancha do olival do tempo de Herculano articulava-se com as raízes ancestrais da cultura da oliveira e das tradições oleícolas do concelho de Santarém, por sua vez inserido no distrito com maior percentagem de produção de azeite à escala nacional.
Também Almeida Garrett reconheceu a importância ancestral dos olivais de Santarém “cuja riqueza e formosura proverbial é uma das nossas crenças populares mais gerais e mais queridas”.
Hoje em dia, a tradição do azeite no Ribatejo está esmorecida. O olival ocupa uma área de quase 49 mil hectares, a que corresponde uma produção à volta de 2 milhões de litros de azeite (5,5% da produção nacional).
Alentejo
Para além do Tejo estende-se a planície alentejana histórica, terra de cultura antiga marcada por grandes explorações agrícolas onde não escasseiam vestígios romanos, visigodos e árabes.
Foi nesta região que os romanos desenvolveram a cultura. Estrabão refere exportações para Roma do “magnífico azeite proveniente da planície alentejana” e Plínio admira a arte de “aparar as oliveiras, que sabiamente se cultivavam entre as searas”.
O foral de Évora, de 1273, refere, expressamente, a oliveira como cultura. Nos séculos XIV e XV, com a Corte do rei D. João I em Évora, o olival assume grande importância naquela região, que passa a ser uma das de maior produção.
É no Alentejo que a olivicultura portuguesa tem a sua maior expressão, com uma área de quase 145 mil hectares (43% do olival nacional) com uma produção de cerca de 9,5 milhões de litros de azeite (26,5% da produção nacional).

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